sexta-feira, agosto 06, 2004

TRIO DE DOIS NUM PARAÍSO SUPERPOPULADO



E lá fomos nós, eu e a minha parceira para a nossa semana algarvia. Este ano tudo foi mais calmo. Sem Havana. Sem Joe Cocker. Sem loucuras.
A verdade é que nos sentimos mutiladas. O terceiro membro este verão falhou-nos por motivos profissionais. E a histeria feminina deu lugar a uma serenidade invulgar. Havia quem dissesse ataca. Também havia quem dissesse mata. Mas faltava a miga C. para dizer esfola.
Ainda assim foi uma semana excelente. Fomos em busca de praias novas e encontrámos um paraíso bem pertinho de casa. O único senão foi, um dia depois, esse paraíso secreto ter sido noticiado no Jornal da Noite. Resultado: caos. Lixo. Geleiras. Crianças barulhentas. Ingleses. Paraíso transformado em cenário dantesco.
Fica aqui esta foto para eternizar a beleza ainda virgem daquela praia e para encaixar a C. de um dos lados do trio que este ano foi separado à força.

PATRÃO FORA, DIA SANTO NA WWW

É impressionante. Frequento esta porcaria meses a fio e nunca se passa nada de novo. Ausento-me umas escassas semanas e está tudo diferente, de cara lavada e cheio de novidades. É óbvio que do ponto de vista do utilizador deveria estar satisfeita. Mas há sempre uma parte de mim que se sente traída. Parece que se aproveitam do facto de eu estar de costas para remodelar tudo. Para além de que nunca me conformo com as mudanças, pelo menos não a curto prazo. Eu sei que se todos pensassem com eu ainda hoje estariamos satisfeitíssimos a trabalhar em computadores 286, mas, que querem, sou como a Liberdade do Quino, "a mim agrada-me a simplicidade da gente simples. Eu sou na realidade simples, mas não é por isso que me agrada a gente simples. Isso acontece por razões mais simples..."

VOLTEI, VOLTEI

Ufa. Grande Ausência.
Férias num mundo onde não há linhas telefónicas. Logo, no blogging.
O que mais me entristece é que ao fim de todo este tempo não tenho muito para dizer. As ocupações continuam a ser as mesmas e os problemas também. Que no fundo residem na falta dos mesmos.
As férias ainda vão no início e já as deito por todos os poros. Há muito tempo que não sentia este fastio veraneante. Faz-me recuar aos tempos de escola em que tinha mais de quatro meses de interrégono escolar e, por volta de agosto, já suspirava pelos colegas, pelos cadernos encapados e pelas canetas de todas as cores.
Por ora, o saudoso recreio resume-se às noites passadas com os amigos. Ainda hoje nos reunimos num Trivial aqui em casa. São jogos intermináveis, mas sabem sempre a pouco. Que vazia é a vida sem estes momentos.