sexta-feira, novembro 19, 2004

Futuro às bolinhas

Uma vida renovada merece uma cara lavada.
Não é lá muito original, mas parece-me agradável. No fundo, não posso inovar como desejaria, porque nestas andanças não sou nem possuidora de grandes conhecimentos nem disponho de grandes meios. Mas como diz o Ricardo Araújo Pereira: meios! Isso é coisa de maricas...

DE "ÚNICA LEITORA" PARA "LEITORA ÚNICA"

Creio que no meu caso a memória excede a categoria de reflexo distorcido e entra pela teoria do queijo gruyère adentro: come-se o queijo e ficam os buracos. A verdade é que não me lembrava de ter visto o filme contigo. Tampouco me lembrava de tê-lo visto no cinema. Se queres que seja realmente sincera, a única coisa de que me recordo verdadeiramente em relação a esse filme é que a sua tradução brasileira é "Fim de Caso". É impressionante as merdas que a nossa memória guarda e as pérolas que dispensa... enfim...

Já em relação ao "Rocco e os seus irmãos"e ao facto de te teres apaixonado tanto pelo filme como pelo actor, deixa-me que te diga que também eles se apaixonaram um pelo outro. Melhor dito: o Visconti e o Alain Delon. Tenho um colega que morou dezasseis anos em Paris, cujo pai era amigo do Alain Delon. E, como diz o outro, "estas coisas sabem-se, não é"? Consta que até ja moraram juntos...
Confessa lá, a tua Hist. do Cinema na FCSH não dava direito a imprensa cor-de-rosa, pois não?


domingo, novembro 14, 2004

EPIDEMIA LETAL NA BLOGOSFERA

No princípio era o verbo. Pelo meio aconteceu muita coisa, mas entretanto surgiu a febre dos blogs. Uma proliferação global, para a qual eu própria contribuí com o meu rebentinho. Eis senão quando, de há uns tempos para cá, é vê-los cair que nem tordos. A moda do blog deu lugar à morte do blog, que por sua vez também já é moda. Confesso que me vi relutante em começar o meu e não percebo qual a necessidade de lhe pôr um fim... Basta não escrever, não é?
E depois ainda há aqueles que muito teatralmente encerram a sua actividade bloguista e, uns tempos mais tarde, como quem não quer a coisa, lá voltam por uma razão ou por outra, normalmente ainda mais disparatada do que a razão que os tinha feito deixar de escrever. Já há todo um modus operandi relacionado com a criação, os timings, os templates in ou out e a morte na blogosfera que, decididamente, me ultrapassa. Porquê tanto protocolo numa coisa que afinal se pretendia espontânea?

HEY! hey... hey... hey...!!
Sinto que este espaço está tão abandonado que as minhas palavras ecoam. Mas a verdade é que nunca foi muito frequentado, a não ser por mim própria, donde o eco deveria ter sido uma constante em toda a sua fase de plena actividade. Há qualquer coisa que se assemelha a um ligeiro sentimento de abandono que me está a importunar. Não sei bem porquê... Afinal, isto serve para escrevermos quando a vontade aperta, não é verdade? ...ade ... ade ...ade...